Em grande estilo

A primeira vez que fui ao estádio de futebol eu contava oito meses de idade. Sim, oito meses, porque quando a gente ainda mora na barriga da mãe já é gente de carne e osso: ama, ri, chora, se apaixona e dorme – e como dorme. Pois bem. Mamãe foi ao Pacaembu grávida de mim, junto com papai. E como de arquibancada é bem mais legal, lá foram os dois – ou três – torcer ao lado da Fiel. Na época eu era ainda um projetinho de gente, mas que sabia muito bem o que era se apaixonar. O jogo, eu me lembro bem – ok, não lembro, mas me contam tão direitinho que é como se me lembrasse mesmo – foi um Corinthians e Flamengo. O clássico dos clássicos. Apaixonei. Meus pais contam que, aos 3 anos de idade, eu era mais corintiana que a família toda, esgoelada que só. Sabia de cor o hino, pulava durante os jogos, saía gritando “TIMÃÃÃO” por aí. Super corintiana, maloqueira e sofredora.

Um bar a menos

A Original chega geladinha e o pastel quentinho, como devem ser.

A conversa como sempre muito boa.

A noite traz uma lua amarelada e um céu forrado de estrelas.

Nem frio nem calor nem vento. Gostoso pra ficar ao ar livre.

Na saída do bar, dá uma saudade, uma falta, uma vontade de estar com quem não esteve lá.

Um momento a menos.